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O que é automação?

  • Paulo
  • Apr 9, 2023
  • 8 min read

Updated: May 31, 2023

O conceito

Sem grandes teorias ou conceitos complicados, automação é quando as coisas acontecem sem que você tenha que dar comandos explícitos. Por exemplo, podemos dizer que aquela conta que você colocou em débito automático no Banco é uma forma de automação. Todo mês ela é paga sem que você precise tomar nenhuma ação.

Quando falamos em "Automação Residencial" a mesma ideia se aplica nas coisas que temos em casa. As lâmpadas acendem ou apagam sem que precisemos alcançar o interruptor, um alerta é emitido se as janelas estiverem abertas e a previsão do tempo for de chuva, o ar-condicionado liga se estiver muito quente, e por aí vai.

"Automação Condominial" segue o mesmo conceito. Luzes do pátio acendem quando o sol se põe e apagam quando ele nasce, a iluminação da garagem fica desligada quando não há carros ou pessoas em movimento no ambiente.


Automação à moda antiga

Assim como o pagamento por débito automático de uma conta já existe há tempos, outras automações também têm sido usadas há décadas sem que déssemos a elas esse nome.

Se você já morou ou visitou alguém num prédio de apartamentos deve ter experimentado o efeito da minuteria. Ela é um dispositivo tipicamente instalado no hall do elevador; quando você entra no hall a lâmpada acende automaticamente.

Outro exemplo bem comum são os sensores de luminosidade instalados nos postes de iluminação pública. Quando escurece eles acendem a lâmpada do poste e apagam quando volta a ficar claro.


Automação moderna

Nada impede que você instale esses tipos de minuterias e sensores de luminosidade para acender e apagar as luzes da sua cozinha, do banheiro e dos quartos, mas rapidamente você vai constatar que eles não fazem aquilo que você esperava. Por exemplo, a minuteria vai acender a luz mesmo se o ambiente estiver iluminado; e o sensor de luminosidade vai acender a luz de noite mesmo se não houver ninguém no ambiente. Falta algum tipo de "inteligência" nesses dispositivos.

Os dispositivos modernos de automação tiram proveito dos avanços de tecnologia. Um sensor de movimento moderno tem embutido nele componentes eletrônicos e um mini programa de computador que eram impossíveis de serem feitos há algumas décadas.

E os custos dessa tecnologia ficaram acessíveis ao grande público. Sua casa e seu condomínio podem ser automatizados com os mais modernos dispositivos sem que você precise ter o orçamento do Bill Gates ou do Elon Musk!


Os componentes de uma automação moderna

São três os principais componentes de um sistema de automação moderno: sensores, atuadores e uma central de controle.


Sensores

São os dispositivos que "capturam" alguma informação.

Por exemplo: medem a temperatura, medem a luminosidade, sentem uma vibração, medem o consumo de energia, etc. O que faz com que eles sejam "inteligentes" é o fato deles enviarem essa informação por um sinal de rádio, como por exemplo o Wi-Fi. Ou seja, você não precisa ir lá onde está o sensor para ler a informação; você recebe essa informação usando, digamos, um aplicativo no seu celular.


Um sensor de temperatura e umidade pode ser usado para medir esses parâmetros em um quarto ou dentro de um guarda-roupas ou até mesmo dentro da geladeira. Ele vai nos dizer se está calor ou frio, seco ou úmido, para que com essa informação possamos ligar um ventilador, um umidificador ou gerar um alerta.

Automação - sensor de temperatura umidade
Exemplo de sensor de temperatura e umidade.

Já com um sensor de movimento saberemos se alguém entrou num cômodo ou passou por um corredor. Com essa informação podemos acender uma lâmpada ou disparar um alarme.

Automação - sensor de movimento
Exemplo de um sensor de movimento.

Note que os sensores te dizem alguma coisa, mas não conseguem realizar uma ação, tais como ligar uma lâmpada ou disparar o alarme. Para isso precisamos do segundo item da solução de automação: os atuadores.


Atuadores

São os dispositivos que permitem executar uma ação.

Por exemplo; ligam (e desligam) uma lâmpada ou um motor; enviam um comando infravermelho (como o de um controle remoto de TV e ar-condicionado), emitem um som (um alarme). Assim como os sensores, os atuadores recebem os comandos para executarem a ação por algum tipo de sinal de rádio (Wi-Fi, por exemplo) sem que você precise ir até onde está o dispositivo. Você pode dar o comando usando um aplicativo de celular.


Um interruptor inteligente é um exemplo de atuador. Ele faz o mesmo que um interruptor comum mas tem a capacidade de ser controlado remotamente.

Automação - interruptor inteligente
Exemplo de interruptor inteligente já instalado na caixa da parede.

Um plug de tomada inteligente é um outro exemplo de atuador. Você encaixa o plug numa tomada comum e "converte" a tomada para uma tomada inteligente que pode ser controlada remotamente.



Num sistema de automação as informações transmitidas pelos sensores são usadas para se acionar os atuadores. Quem faz esse meio-de-campo é a Central de Controle.


Central de controle

É onde a "mágica" acontece!

A central de controle é na sua essência um computador rodando um ou mais softwares. Ela pode estar "na nuvem" (ou seja, não é um computador propriamente dito mas um conjunto de computadores que estão em algum lugar na Internet) ou pode estar em cima da sua mesa em um PC ou notebook.

A Mirai prefere usar a segunda opção. Colocamos um "mini PC" (veja a foto) em algum lugar da sua casa (ou do condomínio) e nele instalamos todos os softwares necessários para fazer as automações.


Automação - minipc
miniPC para comunicação com os dispositivos.


Todos os sensores e todos os atuadores comunicam-se com a central de controle, e a central de controle contém a lógica que faz a automação acontecer.


Por exemplo: o sensor de temperatura do quarto indicou que a temperatura está em 28ºC e colocamos uma regra na central de controle de que se essa temperatura fosse atingida um comando seria dado para ligar a tomada inteligente onde está conectado o ventilador. Pronto, a "mágica" aconteceu! O ventilador ligou "automaticamente" quando a temperatura do quarto atingiu 28ºC!


Outro exemplo: o sensor de movimento instalado próximo à porta de entrada da cozinha avisou que um movimento foi detectado. A regra que colocamos na central de controle diz que quando isso acontecesse um comando de acender a luz deveria ser enviado para o interruptor inteligente que controla a luz da cozinha. Abracadabra! A luz da cozinha acendeu "automaticamente" quando alguém entrou.


Perceba a flexibilidade e o poder que esse tipo de automação possui. Se quiséssemos, poderíamos ligar o ventilador do quarto quando alguém entrasse na cozinha! Obviamente que isso não tem muito sentido prático mas todos os sensores e atuadores que instalarmos no nosso sistema de automação podem ser usados da forma que quisermos!


Vantagens da automação moderna

  • Fácil instalação: os sensores são na sua maioria alimentados por bateria, portanto podem ser instalados praticamente em qualquer lugar. Os atuadores (interruptores, tomadas, etc) são instalados onde já havia um dispositivo comum, sem exigir quebradeira e obra. A comunicação com a central de controle é toda sem fio.

  • Controle local: no sistema utilizado pela Mirai optamos pela central de controle local (com o miniPC). Essa solução não depende de nada "na nuvem" e portanto pode funcionar mesmo sem conexão com a Internet (se sua conexão com a Internet cair suas automações vão continuar a funcionar).

  • Privacidade: Nessa solução adotada pela Mirai todos os seus dados estão locais, na sua casa ou condomínio. Nada é compartilhado com fornecedores ou fabricantes de dispositivos. Já na solução que usa "a nuvem" (a Mirai não usa essa solução!), o fabricante sabe que dispositivos você tem, quando eles são acionados, se estão ligados ou desligados, etc.

  • Flexibilidade: a combinação de informações enviadas pelos sensores em conjunto com os atuadores pode ser usada das formas mais criativas possíveis. Quanto mais dispositivos você instalar na sua casa (ou condomínio), mais "inteligente" ela vai ficando.

  • Custo: os dispositivos usados pela Mirai são facilmente encontrados no mercado e todos os softwares são de código aberto e sem custo. Não há nada proprietário e isso faz com que a escolha de dispositivos possa ser feita na melhor relação custo/benefício.

  • Acessibilidade e conveniência: ambientes automatizados trazem não só conforto aos usuários como também trazem conveniência. Pessoas com dificuldade de locomoção, deficiências físicas ou idade avançada podem se beneficiar muito com as automações porque ações físicas (como acionar um interruptor que está distante) são substituídas por um comportamento automático ou facilitado (como um comando de voz, por exemplo).

  • Economia: nunca mais você vai esquecer uma lâmpada acesa, porque a automação vai garantir que ela seja apagada se não estiver em uso. Também não vai esquecer de fechar aquela janela quando você saiu de casa evitando que a chuva estragasse seu tapete. Esses são pequenos exemplos que, somados, podem fazer uma grande diferença com o passar dos anos.


Onde usar e onde não usar automação


Onde usar

É difícil fazer uma lista de coisas que podem ser automatizadas porque nem todos precisam dos mesmos tipos de automação. Pode ser que você não veja nenhum valor em ter a luz acesa automaticamente ao entrar em um cômodo, mas uma pessoa cadeirante pode ver muito valor nisso.

A regra de ouro é: use a automação para resolver um problema, trazer uma conveniência, aumentar a segurança ou gerar uma economia que faça sentido para você!

Visite nossa página de exemplos de automação para residências e para condomínios e veja alguns casos de uso de automação.


Onde não usar

A lista de onde não usar automação é provavelmente maior que a de onde usar! Nem tudo precisa de automação e automação não é um remédio universal.

A regra de ouro aqui é outra: não tente criar uma solução para um problema que você não tem! Não caia em modismos e gaste dinheiro em automações que não lhe tragam nenhum valor (tangível ou intangível). Não faça só porque os outros estão fazendo.

A Mirai pode estudar o seu caso e lhe dizer se o investimento em automação vai lhe trazer benefícios, evitando que você gaste dinheiro à toa.


Perguntas Frequentes

  1. Posso automatizar minha casa ou condomínio aos poucos? Sim, com certeza! Você pode começar com um cômodo na sua casa (quarto, cozinha, banheiro ou corredor) ou um ambiente específico do condomínio (pátio, garagem academia de ginástica). Cresça aos poucos, na medida da sua necessidade.

  2. Por onde devo começar a automação? Comece pelo local que vai lhe trazer o benefício mais imediato e mais palpável. Qual o seu maior problema ou onde está sua maior inconveniência que a automação poderia ajudar? Comece por ali.

  3. Posso fazer eu mesmo ou preciso de um especialista? As automações mais simples (que não exigem instalações elétricas) podem ser feitas por qualquer um que saiba trocar uma lâmpada, encaixar um plugue de tomada, ou grudar um sensor com fita dupla face na parede. Use e abuse do YouTube para aprender com os diversos tutoriais disponíveis. Já para sistemas mais elaborados que exigem alguma instalação elétrica e automações complexas feitas por softwares mais sofisticados (que é o caso das soluções feitas pela Mirai), o auxílio de um especialista vai não só garantir que as instalações sejam feitas corretamente como também que as automações funcionem de forma adequada.

  4. E se eu me arrepender de ter feito alguma automação? Arrepender-se de instalar um sistema de automação é tão provável quanto arrepender-se de comprar um carro com ar-condicionado e vidro elétrico. Não é impossível, mas é improvável. De qualquer forma, a sugestão é que você guarde os dispositivos comuns que você tinha e que foram substituídos pelos inteligentes. Por exemplo: guarde os interruptores comuns que você possuía, as lâmpadas (ou lustres, plafons, etc) que você trocou e qualquer outro item que você eventualmente queira instalar de volta. O trabalho de reinstalação vai existir, mas pelo menos você não vai precisar recomprar os dispositivos.

  5. Comprei uma Alexa. Como posso usar na automação? A Alexa é um assistente de voz (ou caixa de som inteligente). Num sistema de automação o papel da Alexa é converter seus comandos de voz em ações enviadas aos atuadores (os interruptores e as tomadas inteligentes, por exemplo). Ou seja, para que você diga "Alexa, acenda a luz da sala", ou a lâmpada da sala é inteligente ou o interruptor da sala é inteligente. Senão não há como o comando da Alexa tornar-se uma ação executável.

  6. Minha casa vai ficar como a do Tony Stark (o Homem de Ferro)? Ainda não! O Jarvis (que é o sistema que controla a casa e a armadura do Homem de Ferro) ainda está na categoria de Ficção Científica. As automações que estão ao alcance da humanidade em 2023 estão bem longe daquele tipo de inteligência. E a propósito, o ChatGPT também está bem longe de ser um Jarvis...


Para saber mais

 
 
 

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